Ampliação do horário do comércio não passa na Câmara

 

Com nosso trabalho de mobilização, conseguimos derrotar na Câmara de Vereadores um projeto-de-lei que deixava livre o horário de funcionamento do comércio das 7:00 às 23:00 horas, de SEGUNDA A DOMINGO, a critério exclusivo das empresas.

Foram 34 votos contra o projeto e apenas 1 voto favorável, que foi o do próprio autor. Portanto, dos 38 Vereadores, que compõe a Câmara, somente dois estavam ausentes e justificaram, além do presidente da Câmara, que não vota. Portanto, esta votação do dia 22 de agosto passado, foi quase unanimidade a nosso favor e vai ficar na história de nossa categoria.

Comerciários (as), seu apoio foi fundamental nesse trabalho de pressionar os Vereadores para que eles rejeitassem o projeto. Fizemos um boletim com tiragem de 50 mil exemplares e distribuímos por toda Curitiba, chamando os comerciários para comparecerem na Câmara no dia da votação. Também pedimos que ligassem para os Senhores Vereadores, exigindo a votação contra esse projeto que iria nos escravizar ainda mais.

Lotamos as galerias com os comerciários pedindo a derrubada do projeto. Inclusive, também fizemos uma passeata do Sindicato até a Câmara, nesse dia, para provar nossa força.

Essa mudança no horário do comércio, só iria nos prejudicar. Não houve discussão nem com os trabalhadores e nem com os empregadores. Além disso, a abertura mais prolongada do estabelecimento comercial não significa aumento de vendas, pois, todos sabem, o que gera crescimento das vendas é o poder aquisitivo da população que precisa ser melhorado. E ainda fará com que os pais fiquem mais ausentes de seus filhos.

Valeu a pena esse nosso empenho. Provamos que quando precisamos do apoio da categoria, os comerciários se apresentam com muita disposição para a luta. Vamos continuar sempre assim, unidos para que nenhum outro projeto, que seja contrário aos nossos interesses seja novamente colocado na pauta dos trabalhos da Câmara Municipal sem nosso conhecimento e na “calada da noite”.

Estaremos atentos a essas manobras políticas que vêm colocar em risco nosso trabalho. A Câmara de Vereadores é um órgão público e de interesse da coletividade. Portanto, tudo o que se passa naquela Casa deve ser discutido primeiramente com os interessados, a comunidade, para depois ir a votação no plenário da Câmara Municipal.

Ariosvaldo Rocha (Ari) Presidente